domingo, 9 de fevereiro de 2014

Toca da Garoupa

Um dos restaurantes que eu mais tinha vontade de conhecer aqui na Ilha, o Toca da Garoupa é dos mais tradicionais de Florianópolis. Com uma clientela assídua, desfruta de grande prestígio entre os moradores e os que de fora vêm para provar os pratos de peixes e frutos do mar, pratos estes aprimorados durante os anos de atividade da casa.
Fomos, eu e minha esposa, no sábado dia 01/02/2014, e encontramos um ambiente muito agradável, com funcionários atenciosos e cordiais.


De entrada um vinho branco para acompanhar os pratos. Queríamos provar um vinho aqui de SC, o Monte Agudo Chardonnay, mas infelizmente não foi desta vez, porque estava em falta. A pedida então, sugestão do site Veja Comer e Beber SC e foi um argentino Chardonnay Doña Paula Los Cardos, que harmonizou bem com a comida.

De entrada pedimos coquile de camarão, uma delícia (a imagem fala por si só).


Prato principal: Peixe (Cherne) ao molho branco com aspargos, maravilhoso:

E os acompanhamentos: arroz com curry e batata sauté: 
 Ficamos imaginando o que seria o coquile de siri de entrada e o camarão na moranga, mas essa fica para a próxima ( os glutões sempre ficam imaginando a próxima).
Resumo da Ópera: O vinho custou 75 reais, pedimos 2 águas e cafés e o custo total foi de 223,85 reais.
Venha com fome porque os pratos servem muito bem.
Altamente recomendável.
Um abraço e até a próxima!
http://www.tocadagaroupa.com.br/index/
Rua Alves de Brito, 178, Florianópolis.

Espumante Brut Chardonnay Aurora


Espumante produzido pela Vinícola Aurora pelo método Charmat em Bento Gonçalves com 100% de Chardonnay.

De cor amarelo-palha, com perlage fina e persistente. Pouco ataque nos aromas, mas com boa estrutura em boca e com destaque para uma acidez e cremosidade pronunciadas. Álcool a 12%. Passagem por barricas de carvalho segundo o site da Vinícola, mas não especificam o tempo. Uma boa opção de um espumante a bom preço. Servir à temperatura correta é importante (6-8°).

Nota= 88 pontos.

Custo= 39,11 reais, comprado no Supermercado Hippo em Florianópolis.

Um brinde!

Vinho Verde Varanda do Conde 2011


Um vinho verde vai bem em nosso verão, não? Excelente como aperitivo ou acompanhando um prato de peixe, um bom vinho verde é sucesso garantido.
A região dos Vinhos Verdes é a maior região demarcada de Portugal. Localiza-se no extremo norte do País, na fronteira com a Espanha, nas províncias do Minho e do Douro Litoral.
O nome verde , tanto para tintos como para brancos, em linhas gerais, é uma descrição do seu estilo fresco, às vezes submaturado, e não sua cor, que é vermelha ou branco-água.. É, como o nome diz, uma bebida de acidez elevada e para ser consumida jovem. Uma curiosidade é que os vinhos verdes tintos são servidos em recipientes, não em taças, e alguns são de elevada adstringência e acidez.
Há duas versões para o nome Verde:
1) a "oficial", que credita o nome ao verde exuberante da paisagem da região do Minho
2) A verdadeira, de que eram vinhos feitos efetivamente a partir de uvas verdes, devido à conjugação de clima e das antigas técnicas de viticultura locais (vinhas exuberantes e regadas em profusão pela águas das hortas).
Luis Lopes (Revista de Vinhos de Portugal), no artigo "Vinho Verde a Origem de um nome" 
                                                                                 
De qualquer forma, isso não tem importância nos dias de hoje, já que a região se modernizou e apresenta uvas que atingem o ponto de maturação ideal.

Como diz Luis Lopes novamente:
" A origem do nome Vinhos Verdes é como a estória do esqueleto do tio-avô pirata guardado no armário. Para a grande maioria, deve ficar lá para sempre, sem ver a luz do dia e muito menos vir tomar chá na sala. Para outros, entre os quais me encontro, deveria ser sentado à mesa e apresentado aos amigos, como parte da história de uma região que tem muito de que se orgulhar".
http://www.revistadevinhos.pt/artigos/show.aspx?seccao=editorial&artigo=621&title=vinho-verde-a-origem-de-um-nome&idioma=pt

Vamos ao vinho em questão:
O Varanda do Conde é produzido a partir das castas Alvarinho e Trajadura. Seco, com uma acidez viva onde predominam os aromas de frutas cítricas. Corpo médio e com um toque de mineralidade, com teor alcóolico de 12%.
Muito bom, com uma acidez que remete à gastronomia, pratos de peixe e frutos do mar.
Importado para o Brasil pela Casa Flora.
Custo: Comprado no Emporium Nostra Adega de Florianópolis, paguei 37,50 reais.
Melhor se servido em taças ISO e refrescado à 8°.
Recomendado.
Nota= 90 pontos.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Vinho Rosé do Velho Mundo

Minha primeira contribuição para a Confraria Brasileira de Enoblogs, da qual tenho orgulho de fazer parte. O tema do mês de Outubro era: Vinho rosé do Velho Mundo sem limite de preço. Como a minha experiência com rosés do Velho Mundo não é das melhores, porque já provei vinhos caros e decepcionantes nesses quesitos,  resolvi escolher em lojas especializadas e também por sugestão dos sommeliers.

         ClaudeVal Rosé 2012
Um rosé francês da Região de Languedoc-Roussillon, produzido por Domaine Paul Mas com as uvas Grenache (50%),  Cinsault (30%) e Syrah (20%).
Chama a atenção logo de início a bonita cor cereja deste vinho, límpido. Aroma floral e de frutas vermelhas como cereja em compota, não muito intenso. Boa acidez, teor alcoólico de 13%, harmônico. Para um dia de verão à beira da piscina, é o que lembra esse vinho, para ser bebido despreocupadamente.
Simples, bem vinificado, nada muito empolgante, mas valeu a experiência.
Nota=84 pontos
Importado para o Brasil pela Decanter, comprado na Loja da Decanter em Florianópolis. Custo= 39,10 reais  




Há melhores exemplares de bons vinhos nacionais e do Novo Mundo nesta faixa de preço, então resolvi apostar em outro, e constatei algo que parece ser uma regra no Brasil: não temos tantos exemplares desses vinhos à nossa disposição no mercado, a não ser franceses. Será? Gostaria de ter encontrado um espanhol ou um italiano, mas...


 Secret de Comptoir Côtes
 de Provence 2012
Vinho rosé da Provence, também composto de Syrah, Grenache e Cinsault. 
De tonalidade laranja, esmaecido. Passa no paladar como vinho branco, mas as notas de frutas vermelhas, não muito intensas, delatam a origem tinta das uvas. Delicado, com uma acidez correta. Não chega a empolgar. Quem deseja um vinho leve, delicado, deverá preferir este.
Álcool a 13% 
Nota=82 pontos
Custo= Importado para o Brasil pela Grand Cru, comprado na loja da Grand Cru em Florianópolis, custou 66,00 reais.






Um pouco decepcionado, mas não completamente derrotado, li no jornal uma matéria que falava dos rosés e recomendava o Prado Rey. Tive que provar.

Prado Rey Rosado 2011

Vinho rosé de Ribera del Duero, uma DOC das mais confiáveis da Espanha. Produzido por Real Sítio de Ventosilla - Pradorey, com 50% de Tempranillo e 50% de Merlot. Passa por 3 meses em barricas de carvalho europeu.
Na taça uma bonita cor cereja, aromas intensos de goiaba e especiarias. Em boca é pleno, denso, confirma os aromas, com boa acidez, um vinho gastronômico, sem dúvida. Álcool a 14%, sente-se bem a presença, potente.
Diferente dos demais, que primam pela leveza, este é um vinho potente e gastronômico. Eu virei fã. Uma excelente opção para recepcionar os amigos e impressionar com um rosé diferente, mas, mais ao estilo do Novo Mundo.
Nota= 93 pontos
Importado para o Brasil pela Decanter, comprado na Loja da Decanter em Florianópolis. Custo= 67,32 reais





Os vinhos não empolgaram tanto, a não ser o último, menção especial ao que provamos no mês passado na confraria para lembrar, do mesmo estilo dos franceses, mas mais aromático e elegante. Valeu muito a experiência, principalmente porque descobri o espanhol, que me impressionou bastante. 
Um Abraço a Todos.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Orus Pas Dosé





Produzido por Adolfo Lona em Garibaldi- RS, a este Espumante Extra Brut Rosé não foi adicionado açúcares ao licor de expedição, sendo que o mesmo foi maturado por 24 meses pelo método tradicional (Champegnoise).

Lote de 628 garrafas apenas, abri a de número 614.

Bonita cor salmão, perlage fina, delicada e muito persistente, com numerosa quantidade de borbulhas. Aromas delicados de baunilha, pêssego e flores brancas.
Em boca é vivaz, refrescante, com boas cremosidade, acidez e persistência. Gastronômico e elegante.
Um dos melhores espumantes que já provei.
Harmonizou com queijo brie, pães, óleo de oliva e fatias finas de lombo suíno defumado recheado com curry, da Jane alimentos, Braço do Norte, SC.

Nota=95 pontos

Custo: comprado diretamente na Vinícola, custou 100,00 reais.

Um Brinde!!


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Salton Gamay 2013


A sugestão para o post da CBE (Confraria Brasileira de Enoblogs) deste mês foi do confrade Silvestre, do blog Vivendo a Vida: "Vinho da uva Gamay livre de preço e país".
Algumas considerações são válidas para esta que é a cepa que produz um dos vinhos tintos leves mais célebres do mundo.
A gamay produz um vinho tinto que é excepcionalmente frutado, fresco e pouco alcoólico. É mais conhecida como a uva que dá origem ao Beaujolais Nouveau, um vinho jovem e frutado, feito e engarrafado imediatamente após a vindima de Beaujolais, Borgonha. Nos vinhos produzidos com Gamay, o caráter da cepa predomina.
Caracteristicamente conhecido como um vinho que deva ser bebido jovem, alguns vinhos de Beaujolais, das melhores safras, podem envelhecer muito bem.



Resolvi provar um vinho nacional, muito popular, produzido pela Vinícola Salton em Bento Gonçalves com 100% de uvas Gamay.

Coloração bordô pouco intensa, límpido, lacrimoso, pernas finas e lentas.

Aroma frutado, inicialmente framboesa e morango, também banana e pêssego maduro.
Delicado, jovem, com baixa acidez e pouco tânico. Bom volume. Leve e com certo dulçor, mas não enjoativo.

Muito bem vinificado, um belo conjunto, harmônico, álcool a 12%. Bela surpresa.

Comprado no Supermercado Angeloni em Florianópolis, ao custo de 28,50 reais.

Nota=89 pontos.
Como sempre acho que uma boa apresentação é indispensável, não posso deixar de exaltar o lindo rótulo deste vinho,  A Colheita da Uva, do meu conterrâneo de Caxias do Sul, Victor Hugo Porto, cujo trabalho vale a pena ser (re)conhecido. A imagem fala por si só. Parabéns.


Um brinde!