quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Sauvignon Blanc Brasil / Chile

Já havia postado sobre a Sauvignon Blanc em 2016 veja aqui e resolvi fazer a prova de alguns vinhos e posto aqui.

Villaggio Bassetti Sauvignon Blanc 2020

(Essen Florianópolis NOV 2020 - R$ 87,20) Vinho de coloração verde limão pálido, aromas delicados de cítricos como limão, flores brancas, camomila, gramíneas. Em boca é seco, boa acidez, caloroso, com boa intensidade de sabores, de final médio. 14% Vol. Muito bom vinho.


Quinta da Neve Sauvignon Blanc 2018


Quinta da Neve
(Essen Florianópolis NOV 2020 - R$ 81,30) Vinho de coloração verde limão pálido, aroma herbáceo de arruda, gramíneas, limão , maracujá. Em boca é seco, com acidez média (+), final de boca com herbáceo sobressaindo, e com amargor, o que desequilibra o conjunto. Potente. 13,5% Vol.




Rutini Sauvignon Blanc 2019

Rutini Wines 
(Nov 2020 - valor?) Vinho de coloração amarelo limão, aromas sutis de maracujá, pêra, herbáceo, (gramíneas, arruda) e baunilha, que se explica pelo estágio de 25% deste vinho em carvalho francês por 3 meses. O estágio em barrica conferiu maciez ao vinho, mas tirou-lhe a tipicidade, o frescor da fruta. É um outro estilo de vinho. 12,8% Vol. Gostoso é fácil de beber. Bom vinho.
E vocês ? Gostam de sauvignon blanc? 



sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Florio Vecchioflorio Marsala Superiore Secco 2013

 Ah! Os italianos...

O vinho de hoje é um Marsala, um dos grandes vinhos fortificados do mundo. Foi popularizado pelos ingleses, assim como o Porto e o Madeira, no século XVIII. Sempre os ingleses!!! Não bastava terem descoberto a Champagne?? Esses ingleses...

John Woodhouse o provou, e no retorno à Inglaterra o levou em seu navio adicionando brandy ao vinho Marsala para que não se deteriorasse. Foi difundido nos clubes da época, sendo uma alternativa aos Jerez e Vinho Madeira. Fez enorme sucesso, rapidamente conquistando o mercado. Woodhouse retorna à Sicília iniciando sua própria produção. 

 O vinho Marsala entra em decadência nos séculos seguintes, devido à produção com baixa qualidade. Mas, graças ao empenho de alguns produtores, foi criada em 1969 o Marsala DOC, o que regulariza sua produção, retornando à sua identidade, originalidade e qualidade. 

 Produzido no oeste da Sicília, na cidade de Marsala e na Província de Trapani a partir de vinhos brancos originários das cepas Catarratto, Grillo, Damaschino e Inzolia, e é obrigatoriamente fortificado com aguardente de vinho. Para os tintos são permitidas as cepas Pignatello, Nero D'Avola e Nerello Mascalese



Florio Vecchioflorio Marsala Superiore Secco 2013


(Armazém Conceição, Florianópolis - NOV 2020 R$ 149,90).  Amadurecido por 30 meses em madeira, este Superiore tem intensa cor âmbar, com aromas de amêndoas, avelã, damasco, frutas secas. Em boca é seco, macio, delicado. O equivalente a um Porto branco seco, mas mais delicado, como tudo que os italianos amam produzir e propagar como ‘made in Italy’ . Álcool a 18%. Como aperitivo é muito bom.

Este, ao invés do Riserva ou Vergines, vinhos superiores na classificação dos Marsala, é produzido com a adição de mistela e mosto cozido, nada que tire o charme deste vinho com tipicidade, que nos dá a sensação de estar no local onde é feito, o clima mediterrâneo, e que conta uma bela história.

Um brinde e saúde a todos!


sábado, 11 de julho de 2020

Maison Auvigue Pouilly-fuissé Solutré 2018

    A Rocha de Solutré  é uma escarpa de calcário a 8 km a oeste de Mâcon, na França, com vista para a comuna de Solutré-Pouilly.  É um lugar icônico no departamento de Saône-et-Loire, em Bourgogne-Franche-Comté.  Protegido pela lei francesa e atualmente no centro de uma operação nacional de conservaçāo, ele se destaca por ser um raro fenômeno geológico da região, por ser um local pré-histórico da cultura paleolítica solutrea de mesmo nome, e pela beleza natural.  O ambiente que a sua cúpula oferece, tem flora e fauna distintas.  Ocupado pelo homem há pelo menos 55.000 anos, é também o berço da denominação de vinho Pouilly-Fuissé. 


    Existem várias denominações village na região do Mâconnais, sendo que as mais famosas são Pouilly-Fuissé e Saint-Verán. Os melhores vinhos desses villages exibem notas maduras de frutas tropicais e de caroço, sendo a maioria deles envelhecidos em barril durante um período de tempo para aumentar a textura e adicionar sabores. As videiras estão implanta das nas encostas calcárias da Roche de Solutré. Estás encostas em forma de anfiteatro, onde o sol dá em cheio, ajudam a produzir alguns dos Chardonnay mais ricos e mais maduros da Borgonha, os quais muitas vezes são complementados por sabores tostados da madeira.


Chez France (R$ 197,00 maio 2020). Dourado pálido, aromas de abacaxi, melão, cítricos, notas lácteas evidentes, baunilha. Seco, médio corpo, bom volume de boca, textura cremosa, final médio. Mais ao estilo ‘gordo’ de Chardonnay, privilegiando a malolática. Um bom vinho.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Vidal-Fleury Ventoux 2016


Se você já comprou vinho em supermercado, sabe que é sempre uma oportunidade de descobrir boas garrafas, desde que bem armazenadas, ao abrigo da luz e vibrações. A atenção que o estabelecimento dá aos seus vinhos, fazendo uma seleção abrangente, e com liquidações dos produtos (não só quando o vinho está velho demais, ou oxidado), fideliza os clientes. Se há uma pessoa com conhecimento e paixão pelo vinho, encarregada  de orientar as pessoas e cuidar do estoque, é um diferencial importante também. Muitas vezes o cliente só quer uma dica de um vinho de bom custo-beneficio pra acompanhar o jantar. Porque não ?
E dessa forma conheci muitos vinhos interessantes. O de hoje foi uma dica de um amigo e pude conhecer esse produtor, do qual virei fã.


O Vidal- Fleury Ventoux é um blend com as castas do Rhône: Syrah, Grenache e Mourvèdre. Vinho de cor rubi denso, lágrimas abundantes e grossas. Aromas a cereja preta, chocolate, couro e alcaçuz  . Em boca é seco, com acidez e taninos médios, caloroso, álcool a 14%. Potente e saboroso. Pronto para beber, mas com potencial para evoluir ainda com a guarda. 
Excelente pelo custo- benefício. 
Comprado no supermercado Hippo de Florianópolis , em julho de 2020, custou 69,90 reais.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Horácio Simões Moscatel de Setúbal 2016

Um dos grandes vinhos de Portugal, o Moscatel de Setúbal costuma ser muito valorizado por alguns apreciadores. Doce, oxidado e na categoria dos vinhos generosos, necessita de uma pausa e atenção à sua complexidade e tipicidade. Juntamente com o Vinho do Porto e Madeira, está entre os melhores vinhos generosos doces do País. Pode ser um daqueles casos em que se tem amor ou ódio, mas também por essa diversidade de estilos e opiniões é que o vinho é esta bebida maravilhosa. Se tivesse maior fama, seus preços subiriam muito, ao contrário, é um belo exemplo de vinho de bom custo benefício, como o são a maioria dos vinhos de Portugal. Recomendo muito provar algum, para que se possa tirar suas próprias conclusões e se muitos mais provassem, acredito que seu público consumidor aumentaria. Já havia postado um outro Moscatel de Setúbal aqui. Descobrir o fascinante Portugal dos vinhos passa necessariamente por provar um Moscatel de Setúbal.

L

Vinho com linda cor âmbar de média intensidade, lágrimas numerosas e lentas. Aromas de vinho com oxidação deliberada, mel, pêssego, toranja, raspas de limão siciliano, camomila. Em boca é doce, com muito boa acidez, (que equilibra a doçura), caloroso, muito corpo,  predominando os cítricos e um final com sabor a mel e damasco. Álcool a 18,5%. Muito bom vinho.
Quem importa para o Brasil é a Adega Alentejana.
Adquirido com o representante para SC, custou 69,00 em maio 2020.

domingo, 5 de julho de 2020

Celler Lafou El Sender 2016

O El Sender é produzido por Celler Lafou na D.O. de Terra Alta, Catalunha, Espanha, região ao sul de Barcelona (mapa).


A vinícola utiliza a Grenache como “bandeira”, identificando esta como a casta com maior expressão de Terra Alta. O 2016 é composto de 60% de Garnacha Negra, 30% de Syrah e 10% de Morenillo (casta autóctone da região). Passagem de 6 meses por barricas de carvalho europeu.

Vinho de cor rubi de média intensidade, aromas de amora, mirtilo, chá preto, pimenta branca e preta, alcaçuz. Evoluído . Com acidez e corpo médios, taninos finos, caloroso, álcool a 14%. Confirma os sabores olfativos. Um bom vinho. Penso que essa mesma garrafa, se aberta em anos anteriores, mostraria mais fruta e menos álcool aparente, então é para beber agora, não adequado para mais envelhecimento. 
Quem importa para o Brasil é a Decanter
No site custa 205,20.
Paz, amor e SAÚDE! em época de pandemia.


sexta-feira, 3 de julho de 2020

Domaine de Colette Morgon 2017

A uva Gamay produz os melhores vinhos em Beaujolais, França, na combinação de solos graníticos, que tem níveis baixos de nutrientes, e rendimentos limitados. Dez villages têm direito à sua própria Denominação de Origem: são os Crus de Beujolais, entre estes, o Morgon, vinho de hoje.



Vinho de cor rubi pálido, aromas de fruta vermelha, como framboesa. Em boca é seco, acidez média e taninos finos, corpo médio, boa intensidade de sabor, confirmando as frutas vermelhas, cereja principalmente. Harmônico. Álcool à 13% v.v. Um bom vinho. Me lembrou muito um Borgonha. Se fosse elaborar uma carta de vinhos para algum restaurante, iria incluir um Beaujolais, porque penso que harmoniza com uma diversidade de pratos, como frango, peixe, saladas e comida asiática. E é uma "arma" contra a padronização dos vinhos atuais.

Parece que o Beaulolais é um vinho fora do padrão estabelecido mesmo, sem a cor e a robustez pronunciada dos tintos, mas com uma elegância que o distingue. Gostei de provar.

Quem importa para o Brasil é a Chez France - https://loja.chezfrance.com.br/

Adquirido pelo site, em Maio 2020, valor de R$ 143,00.

domingo, 28 de junho de 2020

Tapada do Chaves Reserva Tinto 2013

Produzido por Tapada do Chaves em Portalegre, Alentejo - Portugal, com as castas Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet. Estagia por 12 meses em carvalho português e francês, e 24 meses em garrafa antes da comercialização.

Na taça é um vinho de cor rubi profundo, pouco fluido, lágrimas numerosas e lentas. Aromas inicialmente fechados de frutos negros, principalmente amora. Com o tempo de evoluçao na taça, surgem camadas de aromas a couro, especiarias doces, chocolate, caixa de charuto, tostado. Em boca tem maciez, taninos finos, muito boa acidez e é caloroso com os seus 15% de álcool, e um final com boa persistência. Muito equilibrado, com um conjunto em que nada se sobressai, mas que é superlativo em cada um dos seus componentes. Elegante. Um vinhaço. Evoluído, e com potencial de envelhecimento por muitos anos ainda. 
Portugal sempre surpreendendo positivamente em todas as faixas de preço, de forma geral.
Quem importa para o Brasil é a Adega Alentejana.
Comprado pelo representante para Florianópolis, em junho de 2020, custou R$ 231,00.
Saúde!!


domingo, 21 de junho de 2020

Borba Reserva Rótulo de Cortiça Tinto 2015

Produzido por Adega de Borba no Alentejo, Portugal, com as castas Castelão, Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet.


Vinho de cor rubi médio, com halo aquoso (de prontidão), com pouca fluidez, lágrima numerosas e lentas. Aromas de frutos negros maduros, (cereja, ameixa), couro, especiarias doces (canela, cravo), tabaco. Em boca tem corpo médio, é macio, taninos finos, boa intensidade de sabores e um longo final. Álcool a 13,5%. Equilibrado e elegante. Vinho excelente.

Quem importa para o Brasil é a Adega Alentejana.

Comprei pelo representante da Importadora para SC em Maio 2020, custou R$ 138,00.

Campagnola Bardolino Clássico DOC 2018

O vinho tinto de Bardolino DOC, na margem sudeste do Lago di Garda (mapa), utiliza basicamente do mesmo corte Corvina-Rondinella-Molinara de Valpolicella. São vinhos mais claros, com aromas de cereja, e num estilo mais leve e suave. São pouco compreendidos pelos brasileiros, já que são geralmente para serem bebidos jovens, quando exprimen seu melhor potencial. A longa viagem, más condições de armazenagem e alguns anos de envelhecimento descaracterizam esse vinho e fazem com que seja apreciado não em sua forma ideal, o que pode gerar uma impressão errada. Quando escolheres um DOC, em um restaurante, ou loja de vinhos, escolha o mais jovem possível. O Superiore DOCG tem maior potencial de guarda e um preço maior também.
Vinhos:Bardolino Clássico, Bardolino Superiore, Bardolino e Bardolino Novello.
Outros: Bardolino Chiaretto (rosé), Bardolino espumante.


Produzido com as uvas Rondinella e Corvina, o vinho de Campagnola é de uma cor rubi pálido. Aromas de fruta vermelha fresca, framboesa, cereja, e floral (rosas).Em boca tem média acidez, taninos finos, um final bem frutado. Álcool a 12,5 %. Um vinho fácil de beber e de gostar.

Quem importa para o Brasil é a Mistral. Comprado no site da importadora em maio 2020, custou R$ 118,00.
Gastronômico com um bom italiano, harmoniza com uma diversidade de pratos, como lasanha ao molho de quatro queijos, espaguete à bolonhesa, pizza. De nossa parte, harmonizamos com um bom hambúrguer de costela numa sexta à noite. E foi muito bom. 


Fica a sugestão de turismo no Lago di Garda, que conhecemos em 2017. Muitos italianos e turistas no verão curtindo as atrações do Lago : ruínas romanas, lindas praias, enfim,  um passeio muito bonito.










sexta-feira, 19 de junho de 2020

2 Vinhos D’Abruzzo: Montepulciano e Trebbiano

A região do Abruzzo está na Costa do Mar Adriático, ao sul do Marche. É uma região montanhosa cuja geografia contribuiu para isolar a região da influência da vinificação dos antigos romanos e etruscos da Toscana, mas, mesmo assim, essa região tem uma longa história na produção de vinho. O Abruzzo distingue as cepas, não as subzonas para sua classificação. Assim, temos:
A uva Montepulciano para os tintos  (sim! não confundir com a cidade de Montepulciano na Toscana, famosa por produzir o Vino Nobile, cuja base é a uva Sangiovese, conhecida lá como Prugnolo Gentile).
A uva Trebbiano (Bombino Bianco) para os brancos, que é diferente da Trebbiano (Trebbiano Toscano) de outros locais da região central.
A exceção a essas denominações abrangentes é Controguerra DOC, com várias cepas locais e internacionais cultivadas na região.

Os vinhos da DOCG Montepulciano D'Abruzzo Colline Teramane tem a reputação de serem sólidos, com potência de taninos e potencial de envelhecimento. Ao contrário, os vinhos Montepulciano D'Abruzzo DOC podem não ter muita expressão, são frutados, muitas vezes com acidez suave e para serem consumidos jovens. Já o Trebbiano D'Abruzzo DOC, em geral produz vinhos secos e frescos com sutil sabor de grama. Os dois vinhos de hoje serão esses mesmo, os mais simples, e do mesmo produtor : Fratelli Barba. http://www.fratellibarba.it/  Quem os importa para o Brasil é a Mistral. Vamos provar?


O Vasari Montepulciano D'Abruzzo 2018 é um vinho de cor rubi de média intensidade. Aromas de fruta fresca, ameixa vermelha, morango, vinoso, em um fundo com discretas notas terrosas e de cedro. Em boca é seco, com boa acidez, taninos médios, álcool a 12,5 %, médio corpo, com uma carcterística mais frutada mesmo. Final curto. Gastronômico, pede comida. Um bom vinho para o dia-a-dia. Comprado pelo site da importadora, custou R$ 89,20 em maio de 2020.


O Collemorino Trebbiano D'Abruzzo 2018 é um vinho de cor amarelo limão de média intensidade, com pouca fluidez, lágrimas lentas e grossas. Aromas de frutos de caroço como pêssego de polpa branca, cítrico como limão siciliano, e um toque floral. Em boca é seco, com acidez média/alta, onde persistem os sabores mencionados, com final curto e herbáceo. Um vinho gostoso de beber, e não adequado para envelhecimento. Álcool a 12,5%. Comprado pelo site da importadora, custou R$ 92,76 em maio de 2020.










Saúde a todos!!

domingo, 14 de junho de 2020

Domaine Jaffelin Rully 2017

A Cote Chalonnaise fica ao sul da Cote D'Or (o coração da Borgonha) e possui cinco village: Bouzeron, Rully, Mercurey, Givry e Montagny. Cada um desses villages tem vinhas premier cru, mas não vinhas grand cru. 


As vinhas da Cote Chalonnaise possuem uma maior altitude, e,  por causa disso, a vindima é um pouco mais tarde, e o amadurecimento é menos certo. Embora as vinhas continuem a estar em encostas (como na Cote D'Or), nem sempre tem orientação Este. Como resultado os vinhos são mais ligeiros, e tendem a estar pronos a beber mais cedo.
WSET 3 - Livro Compreendendo o Vinho: explicando o estilo e a qualidade.


Vinho de cor dourado pálido. Aromas de intensidade média predominantes de abacaxi e baunilha, juntamente com  melão, flores brancas, cedro. Em boca tem muito bom corpo, preenche o palato, com muito boa acidez, o que dá força ao conjunto. O estágio em carvalho lhe deu elegância, sem excessos. Álcool a 13,5%. Um grande Chardonnay.

Quem importa para o Brasil é a Chez France - https://loja.chezfrance.com.br/

Adquirido pelo site, em Maio 2020, valor de R$ 128,00.



Marziacanale Taurasi 2012


Já havia postado sobre um vinho Taurasi cuja cepa é a uva Aglianico. veja aqui

O vinho de hoje foi escolhido porque os amigos da Confraria Amigos da Galinha Preta - A.G.P (nome em homenagem à VDP - uma associação de produtores de vinhos alemães hehe, cujo símbolo nas garrafas é uma águia com um cacho de uvas) não está podendo encontrar-se devido à pandemia de coronavírus. Como a paixão pelo vinho se mantém viva, decidimos fazer um encontro virtual onde cada confrade abriria uma garrafa. Tema : Itália .


Escolhi um Taurasi.

Taurasi é uma DOCG da região de Avelino, Campania. Inicialmente uma DOC (Denominazione di Origine Controllata) em 1970, foram elevados à categoria de DOCG (  Denominazione di Origine Controllata e Garantita) em 1993. Área de produção de vinhos de alta qualidade, baseados na uva Agliânico, em altitudes de 400 a 500 metros sobre o nível do mar. Solos vulcânicos. Regras de envelhecimento do vinho: 3 anos, sendo 1 ano em madeira. Os Riserva serão amadurecidos por 4 anos.

Para entender um pouco sobre a Legislação do Vinho ma Itália:

Os vinhos na categoria DOC estão sujeitos a limites geográficos , assim como a limitações no que diz respeito a castas e métodos de produção. Categoria que abrange a grande maioria dos vinhos de qualidade do país.

Os produtores DOCG (elite dos vinhos DOC) também tem diversas regras a cumprir, como cepas a serem utilizadas, região de plantio, método de produção e envelhecimento, e estão sujeitos a uma prova de degustação por parte do Ministério da Agricultura da Itália.

Simples, não? Só que na prática não é bem assim, muitas vezes por questões econômicas e políticas.

‘É fundamental saber que o sistema DOC, pautado no AOC francês, não garante de forma alguma a qualidade. Garante tão-somente autenticidade e tipicidade, ficando a garantia de qualidade sempre com o produtor.’

José Osvaldo Albano do Amarante em seu livro Os Segredos do Vinho págs 230 -231






Trazida pelos gregos para a região da Campania, a uva aglianico era a protagonista dos vinhos de Falerno, região ao norte de Nápoles, e era o vinho preferido dos imperadores e da elite de Roma.
Caracterisitcamente, os Taurasi típicos tem taninos vivos e duros, austeridade e rusticidade. Atualmente e nas mãos de um bom produtor, os vinhos são frutados, com textura macia, equilibrados e sofisticados. Mas, mesmo dos vinhos dito modernos, o que se espera é provar suas origens e tipicidade.

O vinho de hoje é produzido por Luciano Ercolino, fundador da Feudo di San Gregorio, um dos produtores mais reconhecidos da Campania, e este é um projeto próprio chamado Vinosia. De um vinhedo único chamado Marziacanale, está na colina de Montefalcione. Esta área, como já dissemos, é de solos vulcânicos (solo que faz com que a Aglianico demonstre sua melhor expressão ), com altitude de 500 metros.


Vinho de cor rubi médio, Aromas com média intensidade, de especiarias doces, cedro, alcaçuz, chocolate, que evoluem para frutos negros como ameixa, cereja, amora, piso florestal, terroso. Em boca tem boa acidez, taninos finos, caloroso, com um bom final. Muito bom vinho, acredito que não ganhará com mais tempo em garrafa, está pronto para beber. Álcool a 14%.

Quem importa para o Brasil é a World Wine. Comprado no Emporium Bocaiúva de Florianópolis, ao preço de R$ 273,00 em 05/06/2020.
Um brinde aos amigos!!

Os Taurasi sempre ficarão na memória. Nesta foto, 3 vinhos soberbos que tive oportunidade de degustar em Ravello, em 2015.
Pian Delle Vigne Brunello di Montalcino DOCG 2009
Barolo Riserva de Giacomo Borgogno 2006
Taurasi Terredora 2006

Viagens e Vinícolas são um sonho de consumo.

Uma visita à alguma vinícola é um prazer que todo enófilo de carteirinha já fez alguma vez na vida. São muitas as oportunidades de conhecer um pouco mais sobre o produtor, os vinhos e a vitivinicultura com quem realmente sabe e vivencia o vinho no dia-a-dia.
Por isso fiz uma lista das vinícolas que já visitei. A lista das que pretendo visitar é muito maior! Mas, por enquanto, serve como memória e também para alguma dica, se alguém precisar. O asterisco vai para as que considero imperdíveis, tanto pela visita como pelos produtos e degustação. Localidades que visitei e provei os vinhos, como por exemplo Montalcino, San Gimignano, Ravello, mas que não visitei vinícolas, não serão mencionadas na lista. Também não serão mencionados wine bar ou lojas de vinho, que, por ocasião de viagem, muitas vezes são imperdíveis também. Como exceção, incluí as caves de Vila Nova de Gaia em Portugal, porque há oportunidade de visitação, conversa com enólogos e degustação.

Brasil
Brasil - Rio Grande do Sul

Vale dos Vinhedos


Casa Valduga*
Miolo*
Vallontano*
Vinícola Torcello
Vinícola Almaúnica*
Angueben
Vinícola Cave de Pedra
Adega Cavalleri
Vinícola Pizzato*
Vinícola Lídio Carraro
Vinícola Marco Luigi
Vinhos Larentis
Vinícola Dom Cândido
Don Laurindo
Torcello
Milantino Vinhos e Espumantes

Bento Gonçalves - Coop Vinícola Aurora

Bento Gonçalves - Distrito de Faria Lemos
Dal Pizzol
Estrelas do Brasil*

Bento Gonçalves - Distrito de Tuiuti
Vinícola Salton*

Pinto Bandeira
Cave Geisse*
Vinícola Valmarino*
Don Giovanni *
Vinícola Fornasier

Garibaldi
Domno*
Chandon do Brasil*
Vilmar Bettú*
Adolfo Lona*
Peterlongo
Vinícola Garibaldi


Farroupilha
Casa Perini

Flores da Cunha
Luiz Argenta
Vinícola Salvattore
Casa Venturini
Vinícola Viapiana
Vinícola Panizzon

Nova Pádua
Vinhos Fabian
Boscato Vinhos Finos

Alto Feliz
Vinícola Don Guerino

Brasil - Santa Catarina
Vinhedos do Monte Agudo
Leone di Venezia*
Vinícola Thera
Vinícola D'Alture
Villa Francioni

Argentina
Mendoza - Luján de Cuyo
Bodegas Norton
Bressia*
Catena Zapata*
Ruca Malén*
Belasco de Baquedano
Luigi Bosca

Mendoza - Maipú
Bodegas Trapiche
Rutini
Família Zuccardi*

Mendoza - Valle do Uco
Salentein*
Andeluna*



Chile

Valle de Casablanca - San Antonio
Viña Casa Marín*
Matetic

Valle de Colchagua
Viña Montes
Casa Lapostolle - Clos Apalta*

Valle do Aconcágua
Viña Von Siebenthal*
Viña Errázuriz*


Portugal
Portugal - Alentejo
Cartuxa
Portugal - Vila Nova de Gaia
Sandeman
Quinta do Noval*
Caves Cálem
Ferreira


Espanha


Ribera del Duero

Abadia Retuerta*
Bodegas Mauro*
Emílio Moro*
Pesquera
Protos*
Bodegas Valduero*

Rioja
Marqués de Murrieta*
La Rioja Alta*
Viña Tondonia*
Vivanco*
Marqués de Riscal*

Itália

Vêneto

Dal Forno Romano*
Giuseppe Quintarelli*

Trentino - Alto-Ádige
Ferrari*
Hofstätter*
Alois Lageder

Toscana 

Toscana - Chianti

Casale dello Sparviero*
Villa Vignamaggio*
Rocca delle Macié*
Castello di Fonterutoli*

Toscana - Montepulciano
Tenutra Tre Rose*

França
França - Borgonha

Clos de Vougeot*
Chateaux de Pommard*
Domaine Jean-Claude Rateau*
Domaine Leflaive*







sábado, 6 de junho de 2020

Champagne Moutard Brut Cuvée 6 Cépages

Em tempos de pandemia do coronavírus, sobra-me um pouco de tempo. Ao ler minhas anotações, lembrei de uma postagem que fiquei devendo para mim mesmo. Foi em 23/09/2017, uma noite muito animada na companhia de amigos próximos aqui em casa, e o motivo foi só reunir as pessoas. 
Abrimos alguns vinhos:
Foi inesquecível por todas as razões que vocês possam imaginar. Os vinhos? Excelentes. Obrigado Jean, Sissi, Élvio, Felipe, Kaciane, Rossela, Katya e, claro, Márlen. Ficam aqui as memórias e a descrição do Moutard 6 cépages.

Produzido com Chardonnay, Pinot Noir e Pinot meunier (as castas tradicionais), bem como com as outras castas permitidas : Arbanne, Petit Meslier e Pinot Blanc. Um produto único por utilizar as 6 cepas permitidas na região. Vou me valer das anotações que fiz à época.

De cor dourada. Perlage fina e persistente. No olfato apresenta notas de damasco, avelã, frutas secas, e panificação. Em boca tem efervescência delicada, cremosa, é seco e com ótima acidez, confirmando os aromas, com sabores intensos e longo final. Álcool 12%.

Comprado no Angeloni em Florianópolis, no dia 23/07/2016, custou 189,00 reais.